Eu nunca imaginaria
que teria que lutar para sobreviver. Apesar de isso ser uma norma da natureza,
nós podemos a infringir. Porque nós somos seres especiais. Somos vampiros. Mas
eu e minha família não nos envolvemos com o Mercado Negro, por isso nunca nos
alimentamos de sangue humano, só de animal. Era um dia qualquer quando fui
caçar algum animal no litoral, quando vi lobisomens. Lobisomens dividem conosco
o continente, mas existe uma divisória. E era estranho ver alguns deles por
aqui. Quando tentei passar longe, fui atacado por alguns deles e uma em
especial. Kéfera, a lobisomem. Ela estava em sua forma mais “bonita” por assim
dizer. Estava com uma saia azul curta e com uma blusa colada listrada de azul e
branco. Seus longos cabelos loiros escondiam sua feição cheia de raiva que
sentira ao olhar pra mim. Eu a conheço desde pequeno, porque fui criado por
lobisomens. Quando era pequeno estava acontecendo uma guerra entre minha
espécie e eles. Então minha mãe teve a necessidade de me esconder. Mas um grupo
de lobisomens nos encontrou, mataram a minha mãe, mas me pouparam. Levaram-me e
a família de Kéfera cuidou de mim por cinco anos. Quando vampiros entraram no
território deles e meu irmão mais velho me reconheceu. Mataram os pais de
Kéfera e me levaram embora, foi então que descobri que era um vampiro... Seis
anos se passaram e a guerra acabou, quando foi estabelecido o espaço
territorial.
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Midas... – Kéfera me
olhou e aumentou as unhas.
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Kéfera, quanto tempo.
Então... Como está?
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Planejando minha
vingança. – Ela correu em minha direção, tentou acertar meu rosto, mas eu
consegui desviar. Foi quando mais dois lobisomens apareceram por trás dela, um
acertou minha barriga e o outro segurou meu braço e me jogou no chão. Eu
levantei, mas um deles tentou outro soco, mas eu desviei. Eu fui treinado por
lobisomens, sei bem como atacam. Foi quando Kéfera deu um sinal com a mão, que
não entendi. Eles correram para cima de mim em uma velocidade muito maior,
levantavam as mãos na altura do rosto e aumentaram suas unhas. Um cortou meu
braço, outro ia acertar minha barriga, mas eu esquivei-me. Foi quando Kéfera na
maior velocidade ia acertar meu rosto, eu desviei por pouco, mas ela rasgou um
pouco o lado esquerdo em baixo do olho. Os dois que acabaram de tentar um
ataque foram por trás e começaram a me socar. Depois de um tempo sendo
espancado eu levantei zonzo e Kéfera olhou nos meus olhos e sorriu. Se ela
quisesse, me mataria ali. Eu estava fraco, enxergando tudo vermelho.
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Kéfera, o humano!
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Ele acordou?
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Humano...? – Eu
estava zonzo, mas quando limpei meu rosto e olhei para o mar, um humano estava inconsciente,
deitado. Ele tinha o cabelo castanho claro. E seu rosto e suas roupas estavam sujos.
Ele usava um casaco bege e um cachecol branco, estava com uma calça jeans. Ele
acorda, e se levanta aos poucos. Olha para trás e nos vê. Tinha olhos verdes...
Olhos que pareciam fazer Kéfera ficar admirada.
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